“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.”
Bertolt Brecht
Nota de repúdio à nota de repúdio da Reitoria
Causa-nos espanto a atual gestão produzir uma nota de repúdio da ocupação
da sessão do Conselho Universitário do dia 24/11/2015. A mesma gestão que se
conclama democrática e aberta ao diálogo, acirrou os ânimos da comunidade
universitária ao procrastinar a entrada da EB$ERH na pauta do CUn. O relatório da Consulta Pública da
EB$ERH está pronto desde maio, mas somente depois de perder a eleição a Reitora
mandou o processo para o Conselho. O relator escolhido teve a responsabilidade
de produzir, em apenas duas semanas, um parecer de um processo com cerca de
2000 páginas.
O HU/UFSC chegou nessa situação caótica para justificar a sua
privatização. Se há algo a ser problematizado é o silêncio e a conivência das
direções do Hospital e das Reitorias da UFSC em relação à precarização do nosso
Hospital Universitário, culminando num debate simplório do “ser a favor ou
contra o HU” por meio da adesão à EB$ERH.
A violência institucional travestida em renovação é uma marca da atual
gestão, pois sustenta uma farsa que propicia uma tragédia e o acirramento dos
ânimos de todos. Desde 2012, a questão da EB$ERH entrou em pauta na UFSC. A
partir daí, a gestão Roselane e Lúcia, e os demais gestores, vêm se negando a
fazer uma discussão madura e responsável sobre o tema, bem como já fizeram com
outros temas de relevância institucional, como a jornada de trabalho dos
técnicos-administrativos em educação e a institucionalização dos campi, por exemplo. Aliás, essa é a
tônica dessa Administração: não dialogar efetivamente e sustentar uma posição
pseudo-democrática. Os girassóis murcharam não somente pelo excesso de chuva. Roselane e Lúcia: a responsabilidade pela ocupação do CUn é de vocês!
________________________________________________________________________
TAEs em luta!
Confira aqui a nota de repúdio publicada pela Reitoria da UFSC:
Nenhum comentário:
Postar um comentário