Por que nos lançamos à Eleição?

Nesta eleição do SINTUFSC para o triênio 2016-2019, nós do TAEs Livres apresentamos uma chapa de oposição. Nos propomos a construir uma alternativa ao conservadorismo da atual direção, e a apostar em um sindicato democrático e de luta.
Assumimos o compromisso de construir uma opção ao que está posto. Para muito além da eleição, queremos construir uma nova atitude da organização, para que seja uma ferramenta de luta na defesa dos nossos direitos. Reforçamos que nossa linha de trabalho é a defesa da categoria visando a uma unidade forte de luta. Lutaremos para a preservação de todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora, na defesa dos TAEs e de uma Universidade Pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.
Acompanhamos ao longo desses anos uma série de ataques às universidades e ao serviço público de modo geral. Vivemos em um cenário atual com perspectiva de mais cortes e mais ajustes, o que tornará ainda mais precarizadas as condições de vida de quem trabalha. Isto tudo com o explícito descaso das autoridades e a permissividades de nossas lideranças sindicais, tanto em nível nacional como local. Nossos direitos e conquistas são jogados em um jogo de tabuleiro.
Por outro lado, vimos também crescer uma força de resistência admirável entre esses trabalhadores, a ponto de se rebelarem contra o uso espúrio que autoridades têm feito de sua jornada de trabalho, como uma moeda de troca. A partir de gritos como 30 horas para todos, iniciou-se uma onda de levantes sem precedentes, a ponto de se projetar de que esse direito seria conquistado setor a setor, trabalhador a trabalhador na UFSC.
Temos atuado nas linhas de frente de nossa categoria, na luta efetiva pelas 30 horas, como representantes do Conselho Universitário, do Conselho de Curadores e da CIS, e também nas mobilizações nacionais e locais, em constante luta por nossos direitos e na defesa de uma Universidade igualitária e justa.
Evidentemente, proporcional àquela ousadia foi a repressão mais violenta que sofremos nos tempos mais recentes pelos Feitores da UFSC, em aliança com a atual direção do SINTUFSC. Tal violência marcou profundamente nosso movimento, expondo o que de mais reacionário poderia haver em termos de repressão, fazendo do assédio uma ferramenta de controle dos trabalhadores através do medo. Um cenário terrível onde os agressores, por enquanto, ficaram impunes e o próprio sindicato tem desencorajado a resistência.
Há poder em um sindicato, muito maior do que o personalismo de um ou outro diretor, muito maior do que a desmobilização produzida por uma diretoria autoritária, muito maior que votos em uma urna. Poder de defender direitos legítimos dos trabalhadores e servir como instrumento de mobilização e luta contra qualquer ataque a estes direitos. Além de tudo, poder de inspirar atitudes profundamente autênticas e questionadoras, de literalmente “virar de ponta cabeça” uma universidade e seus velhos esquemas.
Este quadro não nos deixa alternativa a não ser de organizar e mobilizar a categoria. Entendemos que a luta deve ser reconhecida como único caminho a ser seguido. Será por meio da mobilização que construiremos a mudança que desejamos. Temos que parar de pagar a conta dos erros que vem sendo cometidos tanto no cenário nacional quanto local. Não podemos mais tolerar as direções pelegas e entreguistas. O conservadorismo da atual direção do SINTUFSC precisa ser combatido.

Levantemos nossos punhos, firmemos nossos passos;

À luta, TAEs!

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